O Individuo com Transtorno de Ansiedade Social possui como característica o medo extremo de situações sociais ou de desempenho nas quais as pessoas possam ser julgadas ou humilhadas por outras. O diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Social exige que as situações fóbicas quase sempre desencadeiem reação de ansiedade (como um ataque de pânico). O indivíduo deve reconhecer que seu medo é excessivo ou não realista, deve evitar a situação ou suportá-la com extremo desconforto e vivenciar interferência ou sofrimento clinicamente significativo como resultado do transtorno. Quando o medo do individuo ocorre na maioria das situações sociais, refere-se ao Transtorno de Ansiedade Social como “generalizado”.

 

Existem vários modelos Cognitivo-comportamentais do Transtorno de Ansiedade Social e todos compartilham a suposição de que a ansiedade social é mantida pelas crenças, pressupostos e previsões do indivíduo, bem como por sua tendência a evitar situações sociais e adotar vários comportamentos de segurança para lidar com a ansiedade.

 

O individuo com Transtorno de Ansiedade Social possui crenças e pressupostos como, primeiro, motivação mais forte para passar boa impressão aos demais. Segundo, acreditar ter a probabilidade de se comportarem de forma que Será considerada incompetente e inapropriada ao se depararem com situações sociais. Terceiro, eles acreditam que sofrerão consequências desastrosas como resultado de seu comportamento nas situações sociais. Quarto, tendem a se ver na perspectiva do observador ao confrontarem situações sociais.

Os principais componentes no tratamento do Transtorno de Ansiedade Social são:

 

Psicoeducação

Pode ser em forma de leituras, demonstrações, apresentações didáticas ou vídeos. A psicoeducação tende a envolver uma porção maior das sessões iniciais do tratamento em comparação com as sessões finais, que focalizam mais a pratica das novas habilidades aprendidas.

 

Estratégias Cognitivas

As técnicas cognitivas são utilizadas com o intento de: Compreender a Conexão dos pensamentos as situações e afeto; Buscar evidências e distorções cognitivas, Realizar Experimentos e; Explorar crenças e pressupostos subjacentes.

 

Exposição

A exposição é praticada dentro e fora das sessões de terapia, de forma gradual. As exposições geralmente podem ser simuladas e encenações comportamentais, uma forma de exposição que se assemelha com a situação real temida. Este tipo de exposição é útil quanto à prática da exposição real se torna inviável ou quando o cliente acha inicialmente muito difícil praticar a exposição real. Geralmente é utilizada com fotos, óculos tridimensionais ou encenações.

 

Treinamento de habilidades sociais

Essencialmente o processo envolve ensinar os pacientes a identificar ausência de habilidades em contextos sociais ou comportamentos relativos à comunicação que gostariam de modificar. è útil começar fazendo os pacientes identificarem comportamentos sociais que gostariam de trabalhar.

 

Júlio Alves


Bibliografia

Bieling, P. J., Mccabe, R. E., & Anotony, M. M. (2008). Terapia cognitivo-comportamental em grupos. Porto Alegre: Artmed.
D’El Rey, G. J. F., & Pacini, C. A. (2006). Terapia cognitivo-comportamental da fobia social: modelos e técnicas. Psicologia em Estudo, 11, 269-275.
Ito, L. M., Roso, M. C., Tiwari, S., Kendall, P. C., & Asbahr, F. R. (2008). Terapia cognitivo-comportamental da fobia social. Revista Brasileira de Psiquiatria, 30, s96-s101.

 

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